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Antes e depois

Desenhos entre 2013-2015 para mostrar como o treino é importante para evoluir no desenho.

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Antes e depois

Desenhos entre 2013-2015 para mostrar como o treino é importante para evoluir no desenho.

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Quando voltei a desenhar em 2013, nunca imaginei que chegaria onde cheguei nos dias de hoje. O avanço que tive em tão pouco tempo — no caso uns 2, 3 anos — é realmente incrível. Tudo bem que tive algumas vantagens de ter tido aula de artes na época da escola e o amor ao desenho vem de herança praticamente, mas na época eu não aproveitei como deveria, até porque nunca imaginei que lá na frente eu ia pensar em me tornar uma ilustradora. Desenhar era apenas um mero passatempo que me fazia uma criança feliz.

Não fazia ideia como fazer uma sombra em 2013. Meus desenhos, até então, apenas folhas levadas ao vento já que eu não desenhava há décadas, eram apenas alguns rabiscos inspirados em mangá. O que me incentivou a retornar aos desenhos foi meu professor do primeiro ano do curso de Design Gráfico que fiz. Os trabalhos dele eram incríveis e aquilo simplesmente me despertou uma vontade absurda de voltar a desenhar, como uma recordação de um passado em que a arte era o palco da minha vida.

Ele nos ensinou luz e sombra, perspectiva… e várias outras dicas e ideias valiosíssimas. Eu fiquei treinando sem parar o ano inteiro. Praticamente um desenho novo por dia. Em poucos meses, já conseguia ver o crescimento e que o esforço estava valendo a pena. Confesso que no ano seguinte, 2014, desenhei menos por ter me dedicado mais às outras áreas do curso (identidade visual, design editorial, etc.) mas sempre que podia eu rabiscava um pouco. Colocava ali no papel o que vinha na cabeça, usava imagens de referência ou simplesmente desenhava qualquer coisa do nada só para me manter aquecida. Até quando eu terminava algum trabalho do curso e ficava lá parada na sala de aula eu resolvia rabiscar alguma coisa, haha. Sério, qualquer coisa mesmo.

Essa introdução um tanto quanto poética é nostálgica não só pelo fato de comentar como tudo começou, mas também porque me lembra meus dias no meu blog antigo, o Vulnera, onde eu gostava de “filosofar” e escrever o que viesse na cabeça. Bons tempos! Aliás, é bom poder voltar a escrever e voltar a incentivar as pessoas de alguma forma!

Essa imagem não foi escolhida à toa para representar este post. É um exemplo incrivelmente forte da mudança que o treino pesado fez em mim. Os dois primeiros torsos foram feitos logo no início do curso. O terceiro, no final. Isso porque foi um dos poucos trabalhos que deixei inacabados, aí precisei fazer o terceiro torso para poder concluir e colocar no portfólio para avaliação final. Valeu a pena ter deixado para depois. Reparem na diferença — toda a dureza dos traços nos primeiros, o medo de fazer errado… e no último a suavidade conseguida com o esforço e determinação. Esse progresso foi um dos meus maiores orgulhos na época.
O medo de errar é o que nos impede de alcançar o certo.

Quando eu finalmente entendi que só errando eu poderia acertar foi quando alcancei o progresso. Tanta coisa com apenas 1 ano de trabalho! Fiquei imaginando o que eu poderia alcançar com ainda mais anos me esforçando a melhorar. Claro que em algumas coisas eu ainda tinha medo na época: usar corretamente as cores, pintura digital… tem tanto ainda que preciso aprender. Em 2013 me aventurei em algumas pinturas digitais também e aprendi muita coisa:

Primeiríssima pintura digital que fiz. Nem sei o que dizer desse desenho que fiz que era tão lindo e que depois destruí no Photoshop, hahaha. A maior dificuldade foi criar as sombras (acredito que ainda não estava preparada, por isso treinei/treino muito até hoje luz e sombra) e o fundo. O fundo, aliás, eu nem tinha planejado na época, foi algo que inseri depois e achei péssimo, hahaha. Até hoje tenho dificuldades com pintura digital na verdade, mas melhorei bastante — ainda não o suficiente, mas vou conseguir :)
Esse foi um dos meus melhores trabalhos aquele ano. Foi mega elogiado não só pela ilustração/pintura digital em si, mas pelo conceito também. Se quiser saber mais sobre, clique aqui.
Essa ChunLi ficou bacana também. Na época fiquei super feliz com o resultado, pois havia compreendido melhor o que fazer e como fazer com relação a cores e sombra também. Se quiser ver o sketch dessa pintura, clique aqui.
Essa Zelda levei umas cinco horas para fazer. Não chegou a ficar melhor que o desenho/sketch que eu havia feito (que você pode conferir clicando aqui), mas ainda assim foi um resultado bem bacana!
Essa Zelda eu fiz no ano passado e tem uma história bacana: foi feita inteiramente no iPad, no app Adobe Sketch. Inteiramente mesmo, usando uma stylus bem simples, daquelas de 20 reais. Foi legal para brincar e treinar!

Vocês não fazem ideia da quantidade de desenhos que fiz esses anos. Foram muitos mesmo, não tenho nem como postar tudo aqui, senão esse post viraria uma Wikipédia: gigantesco, hahaha. Vou postar os que mais me fizeram ver a evolução que tive. Os demais você pode conferir lá no meu portfólio no Behance, clicando aqui. Tem dois projetos lá com vários desenhos que fiz em meus sketchbooks (2013 e 2014), fora outros projetos de pinturas digitais!

Falando em desenhos, vou voltar para eles agora. Vocês vão conferir abaixo alguns dos meus desenhos de 2013 e 2014 e, no final, alguns que fiz esse ano também e que acabei não postando no blog.

Esse foi um dos meus primeiros desenhos em 2013 onde eu vi que eu havia conseguido melhorar a sombra. Hoje eu até uso esfuminho também para suavizar alguns traços ainda mais, mas na época fazia na mão mesmo. Aliás, dica: você sempre precisará fazer na mão, porque o esfuminho só vai servir para melhorar o que você já tiver criado. Ele precisa ser usado com muita cautela para o desenho não parecer “borrado” :)
Essa Lara Croft fiz em Julho/2013. Sorte que eu tirei foto na época do processo para postar no Instagram. Um outro exemplo da evolução incrível que tive.
É você quem controla o lápis, e não o contrário.

Lembre-se sempre disso. E isso não vale apenas para o lápis, vale também para canetas, pincéis, etc. No começo você pode se sentir inseguro(a), o que é totalmente normal. Nós sempre nos sentimos inseguros no começo, mas quando vencemos o medo controlamos a nossa arte.

Um dos primeiros estudos que fiz para treinar luz e sombra. Um dos meus desenhos favoritos também. Foi tão tranquilo e solto, sabe? Ajuda muito no começo estudar fotos para entender luz e sombra. Não só no começo, na verdade. É algo que você pode fazer sempre que quiser, pois ajuda muito e deixa todo o processo lá na frente mais fácil, pois te ajuda a acostumar. Com o tempo a luz e sombra se tornam praticamente automáticos.
Estudo de luz e sombra usando marcadores que fizemos no começo do curso. O professor nos deu algumas fotos para escolher e as decalcamos sobre um quadro de luz. Depois disso, usamos as fotos como referência para recriar a luz e sombra nos desenhos usando hachuras (como você pode ver no desenho da direita) e marcadores de tons de cinza (desenho da esquerda).
Esse foi um desenho que fiz em 2013 para brincar um pouco com nanquim. Gosto muito dele por ser simples e ter me ajudado a começar a acostumar com o nanquim. Fiz um sketch à lápis antes, claro, e depois contornei com o nanquim.
Ah, como eu poderia me esquecer de mostrar para vocês a primeira Lara Croft que fiz quando voltei a desenhar (esquerda)? Decidi colocá-la lado a lado com a Lara que fiz em Julho/2013 e que eu havia postado o processo de criação acima. E olha que essa mudança foi questão de uns 4 ou 5 meses treinando! Eu sei, parece absurdo, mas quando temos um foco específico e determinação, o crescimento é exponencial. Sou prova viva disso.
Vocês nunca terão ideia do que podem alcançar se não tentarem e se esforçarem o máximo que puderem. Se vocês amam algo, busquem ser o(a) melhor. Não há nada mais gratificante do que se tornar ótimo(a) em algo que ama e quem sabe no futuro poder trabalhar com isso!

 

Que tal irmos agora para os desenhos desse ano que não postei ainda aqui e que fiz antes de criar o blog? Só relembrando: se quiser ver mais desenhos de 2013 e 2014, dê uma olhada lá no meu portfólio no Behance!

Nesse ano, ainda continuo no lápis e aperfeiçoando luz e sombra, mas decidi dar um tempo de treinar pinturas digitais para me focar em lápis de cor, aquarela… cores e ilustrações mais manuais mesmo. Nada melhor do que começar pelo tradicional para depois voltar a melhorar o digital. Lembrando que aqui não estão todas desse ano porque algumas eu já coloquei nos posts dos Desenhos da Semana!

Fanart que fiz da Mulan. O desafio foi criar no lápis a melhor sombra que pude para mostrar a diferença da maquiagem (quando ela sai da casamenteira, volta para casa, etc.). Essa é aquela cena que ela canta a música Reflection, quando ela limpa miraculosamente metade do rosto para tirar a maquiagem (aliás, imagina que incrível se maquiagem saísse assim na vida real? Hahaha). Além disso, esse ano eu estou tentando me focar mais em criar cenários, por isso criei uma composição bem legal nesse — é uma mistura do lugar da cena onde ela canta com as inscrições nas tumbas dos ancestrais. Deixei o lado do rosto que está ainda com maquiagem quase sem sombra para contrastar com o lado sem maquiagem, que está um pouco mais carregado na sombra.

Um vídeo aqui da cena, até porque eu amo essa música e o filme é um dos meus favoritos, hahaha… e assim vocês podem conferir as referências também para o desenho.

Desenho que fiz de uma mulher para treinar sombra. Os detalhes da roupa, como partes mais claras e escuras foram algo mais intuitivo do que referencial, o que foi um avanço interessante para mim.
Desenho que fiz inspirada no namorado. Foi um presente de dia dos Namorados que fiz para ele. Aliás, quem tiver interesse em hand lettering e marketing, recomendo dar uma lida no blog dele, clicando aqui. Não é porque é namorado não, é porque ele manja muito dos paranauês. Hahaha.
Desenho inspirado naquele menino “meio doido” da série The Returned, hahaha. Não ficou parecido com ele, me disseram, e eu concordo, mas me disseram, também, algo interessante: que consegui capturar a expressão dele.
Desenho de uma garota que fiz, sem referência, para treinar.
Esse ficou razoável até, levando em conta que acabei destruindo a boca dela, mas tudo bem. Hahaha. Foi feito com lápis de cor aquareláveis da Faber Castell, desses que a gente compra em qualquer papelaria. Acabei gostando por conta das cores, mas pequei na boca mesmo, uma pena. Um dia eu refaço :)
Um desenho da máscara de Majora (fanart do jogo The Legend of Zelda: Majora’s Mask) feito antes à lápis que depois decidi pintar com lápis de cor comum. Foi ótimo para treinar a paciência aos detalhes tanto quanto foi pintar.
Um rápido fanart de Yooka-Laylee (o que me lembra que preciso finalizá-lo, aliás, hahaha), jogo que estou empolgadíssima para jogar! Pena que ainda vai demorar de lançar ):
Um sketch para estudar dragões. Amo dragões! Quero um dia poder fazer uns mais realistas! :)
Por último, porém, não menos importante, um novo fanart da princesa Zelda que estou preparando. Ao lado esquerdo, uma comparação de um desenho que fiz em 2013 para treinar. Mais um exemplo de que se quisermos algo, conseguimos. Esse de 2013 foi um desenho feito mais por estudo do que autoral, como foi esse novo. Percebi o quanto cresci ao ver que em cada referência que uso ultimamente eu acabo criando algo “meu”.

E é com esse último desenho — que você saberá mais no próximo post da série Desenhos da Semana — que eu fecho esse post. Espero que tenham gostado e que, assim como foi ótimo para mim escrevê-lo e ver minha própria evolução, que vocês também possam se inspirar e evoluir, descobrir suas limitações e superá-las; fazer ótimas ilustrações e a cada uma delas poder criar novos conceitos que os levem a realizar feitos ainda mais grandiosos e emocionantes.

Daniela
Daniela S. Nassetti
Designer Gráfico, Web Designer e Ilustradora
Fascinada por games e arte conceitual, busca o sonho de ser concept artist. É Designer, formada pela Escola Panamericana de Arte e Design com experiência há mais de 15 anos na profissão.

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